Robô inspeciona campos de petróleo
O escopo começou há três anos, mas no mês passado foi concluída a sua segunda fase, iniciada em agosto, com testes do protótipo na Baía de Todos os Santos. O projeto, no qual já foram investidos R$ 40 milhões, foi desenvolvido pelo Campus Integrado de Manufatura e Tecnologia (Cimatec), em Salvador (BA), em parceria com a BG Brasil, subsidiária da Shell, e com o apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e da ANP. O toque alemão vem da parceria com o DFKI, instituto referência em inteligência artificial.
O equipamento pode realizar, de forma autônoma, inspeções de plataformas offshore, podendo permanecer submerso por meses. Entre uma missão e outra, ele fica "estacionado" em uma garagem subaquática, onde poderá se recarregar sozinho "O robô emite imagens de sonar, baseado em ondas acústicas, e em alta resolução", diz Antônio Mendonça, líder técnico do Senai e responsável pelo controle da operação. "Ele pode detectar quebras e outros problemas em tubulações, transmitindo os dados."
O principal ganho, afirma ele, é a redução drástica de custos. "O que o Flatfish tem capacidade de fazer hoje é realizado por um grupo de 200 pessoas, dentro de uma embarcação de apoio, com uma megaestrutura - que custa cerca de US$ 500 mil por dia", diz. "O robô, debaixo dágua, vai fazer inspeções frequentes, sem a necessidade de voltar para a superfície. O custo pode cair para US$ 100 mil por mês."
Na segunda fase, trabalharam 30 pessoas - 17 delas fixas. Os testes foram feitos em um catamarã, de onde lançavam o protótipo. O espaço, apesar de compacto, foi totalmente adaptado, com laboratórios, refeitório e até um elevador para um membro cadeirante.
"A equipe tem um francês e um alemão; de resto, todos são baianos", diz Mendonça, com orgulho. E não só baianos, como jovens - a média de idade é de apenas 24 anos.
O FlatFish passa agora para a terceira fase, de industrialização do produto. A Shell quer colocar a solução no mercado e já negocia com uma empresa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.