Para relator, é difícil votar a reforma antes de eventual denúncia contra Temer
O relator da reforma da Previdência na Câmara, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), disse nesta segunda-feira (19) que a proposta deverá ser votada no plenário da Casa somente após a apreciação da eventual denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) pelos deputados.
A autorização deverá ser apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República) e precisa ser admitida pela Câmara.
Na terça, o relator vai se reunir com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que assumirá a presidência da República durante a viagem de Michel Temer (PMDB) ao exterior, e com o ministro da Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy (PSDB), para definir um calendário de votação.
A base governista está na expectativa de receber o pedido de autorização do processo contra Temer nos próximos dias. Para o presidente virar réu no Supremo Tribunal Federal (STF), é preciso o voto de 352 deputados pela admissibilidade. Como Rodrigo Maia já declarou, a ordem é que o pedido seja analisado rapidamente. "Eu acho que é isso tem que ser feito", opinou Arthur Maia. Ele deu uma palestra na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), na manhã desta segunda-feira.
"Eu acho que é difícil votar a reforma antes da denúncia", afirmou o parlamentar em entrevista coletiva após a palestra. "Então votaremos a denúncia e em seguida daremos sequência à reforma."
O deputado disse que mantém a expectativa de votar a medida no plenário da Câmara em agosto, mas que a decisão caberá ao presidente da Casa, Rodrigo Maia.
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