Presidente interino da Câmara defende que reforma se resuma à idade mínima
Favorável à idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres, Ramalho avalia que outros pontos da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) podem ficar para serem discutidos melhor com a sociedade "depois". "Até setembro a gente consegue vencer isso na Câmara. Se for antes, tudo bem, só não pode apressar. Vocês viram a pressa no Senado ontem, né?", comentou.
Apesar de admitir a falha na articulação governista na terça na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, o peemedebista aposta que a reforma trabalhista não está comprometida. "Para mim não foi uma derrota. Nenhuma das comissões é definitiva", declarou.
Sob tutela
Ramalho está substituindo Rodrigo Maia (DEM-RJ), que está interinamente na Presidência da República por causa da viagem internacional do presidente Michel Temer. Mesmo fora da Câmara, Maia vem mantendo o controle da situação na Casa. Na terça, por exemplo, fez uma reunião de líderes informal na residência oficial da Câmara, deixou a pauta desta semana (mais curta por causa das festas juninas) pronta e organizada e hoje oferece um almoço no Palácio do Planalto para conversar com os membros da Mesa Diretora da Câmara.
Seu substituto na Câmara cumpriu à risca o roteiro: votou apenas três projetos considerados consensuais na terça, nesta quarta assinou documentos administrativos e despachou os projetos aprovados na véspera para o Senado e para sanção presidencial. A maior parte de sua rotina na Casa vem sendo desempenhada do gabinete da vice-presidência e o único ato autônomo foi liberar seus colegas da sessão deliberativa desta quarta-feira. "Sou interino, então como interino a gente tem lealdade e respeito a quem está na cabeça", justificou.
Na temporada à frente da presidência da Câmara, Ramalho também vem se mantendo distante dos pedidos de impeachment contra o presidente Michel Temer que aguardam despacho. O peemedebista alega que não tratará do assunto porque o tema não é uma "questão" sua. "O momento é de tentar sair da crise", afirmou.
Apesar de ser obrigado a andar com os seguranças da Câmara nesta semana, o deputado mineiro adotou um comportamento mais discreto e dedicou a maior parte de sua agenda a receber parlamentares. Devido a semana mais curta e esvaziada, Ramalho não ofereceu o tradicional jantar aos deputados em seu gabinete.
Na quinta, 22, o peemedebista voltará a Belo Horizonte e decidiu abrir mão dos aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) - a que tem direito por estar na presidência da Câmara - para pegar voo comercial. "Sou apenas presidente interino", argumentou.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.