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Bradesco: nova meta da inflação mostra condições estruturais endereçadas

Aline Bronzati, Fernanda Guimaraes, Silvia Araújo e Altamiro Silva Júnior

São Paulo

30/06/2017 11h56

A extensão da meta da inflação é importante e não amarra a política monetária nos próximos anos porque as condições estruturais do indicador estão endereçadas, de acordo com o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi. "É importante para a sinalização e, principalmente, para o crédito brasileiro no exterior a extensão da inflação porque está se olhando uma sintonia poucas vezes observada na economia brasileira entre a política fiscal e a monetária. Tem uma longa trajetória para que isso se concretize? Tem", disse o executivo, durante o Prêmio Finanças Mais, organizado pelo Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) e pelo jornal O Estado de S. Paulo, na manhã desta sexta-feira, 30.

O presidente do Bradesco chamou atenção para a necessidade de segregar fagotes políticos que atrapalhem a tomada de decisões corretas do lado da política fiscal. Isso porque, segundo ele, por muitas vezes, a política fiscal está no centro do debate político. "precisamos separar isso", acrescentou Trabuco.

De acordo com ele, o ano de 2017 está marcado por uma "grande volatilidade política", mas que não se pode esquecer que o governo atual é de transição. Destacou, contudo, que o momento tem como pano de fundo o diagnóstico e terapia da área econômica que estão dando segurança ao País.

"O diagnóstico da crise fiscal está feito. Isso envolve uma responsabilidade ainda maior no encaminhamento das reformas que não é por modismo ou por tendência, mas necessárias. Por mais que possa ser doido, nos não podemos sonhar com as reformas possíveis. As reformas são necessárias", avaliou Trabuco.

Sobre as finanças externas, o presidente do Bradesco afirmou que é "extremamente auspicioso" o volume de investimento direto que o País tem recebido. Segundo ele, o montante reflete a liquidez internacional e a baixa taxa de retorno que o mundo oferece, que garantem vantagem ao Brasil. "Precisamos sair desse processo que sempre é transitório porque a questão final é gerar emprego", concluiu.