PMI composto cai para 51,5 pontos em março, diz IHS Markit
O índice da indústria, divulgado na segunda-feira, 2, subiu de 53,2 para 53,4 pontos na mesma base de comparação. Todos se mantêm acima da marca neutra de 50 pontos.
"O Brasil encerrou o primeiro trimestre de 2018 numa posição mais fraca devido a uma desaceleração considerável no seu setor dominante, o de serviços", ressaltou a economista Pollyanna de Lima. "Mas, nem tudo é negativo e pessimista para o setor de serviços, já que sinais de uma demanda sólida e de expectativas de negócios positivas sugerem um quadro mais atraente para os próximos meses", completou.
Apesar do resultado negativo em março, Pollyanna ponderou que o PMI consolidado do trimestre ficou em 51,8, a marca mais elevada desde o quarto trimestre de 2013, "sugerindo que o crescimento do PIB se acelerou em relação à taxa de comparação trimestral de 0,1% observada no quarto trimestre".
Apesar da recuperação mais forte da demanda, que alcançou seu nível mais alto em mais de cinco anos, a IHS Markit afirmou que o crescimento do setor foi contido por dificuldades financeiras, inadimplências e baixo nível de empregos. A instituição explicou que as empresas relacionaram o aumento da demanda a iniciativas de marketing, bases mais amplas de clientes e um ambiente econômico "relativamente" melhor.
Desse modo, as empresas se mostraram mais otimistas sobre às perspectivas de produção nos próximos 12 meses, alcançando o recorde de alta em seis meses. "Segundo relatos, previu-se um crescimento em sintonia com a oferta de novos serviços, o potencial de redução de custos e as condições econômicas favoráveis."
Inflação
Os empréstimos mais baratos compensaram o aumento dos preços de combustíveis e de serviços de infraestrutura, provocando desaceleração na inflação de insumos. Contudo, a tentativa de reduzir os custos provocou mais um corte no quadro de funcionários do setor de Serviços, sendo a 37ª em 37 meses. Já os preços de venda subiram.
A economista da IHS Markit avaliou que o mercado de trabalho mais forte deve "se tornar prioridade" para os responsáveis pelas decisões de políticas econômicas para que uma recuperação sustentável da economia aconteça.
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