Diretor do BC reafirma perspectiva de corte adicional da Selic no Copom em maio
Em relação aos encontros seguintes, Berriel afirmou que "o comitê considera apropriado interromper o processo de flexibilização monetária em curso, para avaliar os próximos passos, à luz do horizonte relevante para a política monetária".
Berriel retomou ainda uma ideia presente nas comunicações mais recentes do BC, inclusive nas declarações do presidente da instituição, Ilan Goldfajn: a de que o Copom entende que a política monetária deve balancear duas dimensões.
Segundo ele, a primeira dimensão diz respeito à garantia de que a inflação convirja para meta em ritmo adequado. Já a segunda está ligada à garantia de que o ambiente de baixa inflação perdure, mesmo em caso de choques adversos. "O comitê reafirma que a política monetária tem flexibilidade para reagir a riscos em ambas as direções", acrescentou Berriel.
Em seus apontamentos, Berriel também reafirmou que o Brasil está se recuperando de forma consistente. Para ele, o crescimento sustentável irá exigir uma recuperação dos investimentos e a implementação das reformas, em especial as da área fiscal.
Em outro ponto de sua fala, Berriel reafirmou que o Brasil é, atualmente, menos vulnerável a choques externos. Além disso, ele destacou iniciativas do BC que estão em andamento, como o projeto de autonomia da instituição, em discussão no governo e no Congresso.
A íntegra dos apontamentos de Berriel, que está em Washington para participar das Reuniões da Primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, está disponível no seguinte link: http://www.bcb.gov.br/conteudo/home-ptbr/TextosApresentacoes/Apontamentos_Diretor%20Tiago_IMFSpring_2018.pdf.
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