FMI reduz projeção de PIB do Brasil em 2018 para 1,8%
No documento divulgado nesta segunda-feira, 16, o Fundo cita que a piora na perspectiva de crescimento reflete os "efeitos persistentes da greve", referindo-se à paralisação dos caminhoneiros em maio, e as "incertezas políticas".
O Brasil também está inserido em um contexto mais desafiador para economias emergentes. Segundo o FMI, as perspectivas de crescimento entre os emergentes estão mais "desniveladas", citando o aumento dos preços do petróleo, os juros mais altos nos Estados Unidos, a escalada das tensões comerciais e as pressões sobre as moedas de algumas economias com "fundamentos mais fracos".
O fundo ressalta que o dólar se fortaleceu globalmente mais de 5% em termos reais desde fevereiro. Nesse período, as moedas de economias avançadas ficaram inalteradas, enquanto as de economias emergentes tiveram nítida desvalorização, segundo o FMI. "O real se depreciou mais de 10% com uma recuperação econômica menor do que a esperada e incertezas políticas."
Políticas prioritárias
Sem citar nominalmente o Brasil, o FMI afirma que "muitos mercados emergentes e economias em desenvolvimento" precisam aumentar a resiliência por meio de um mix apropriado de políticas fiscais, monetárias, cambiais e para reduzir a vulnerabilidade a condições financeiras globais mais apertadas e inversões de fluxos de capital.
O fundo ainda cita que permitir um câmbio flexível será um importante meio para amortecer os impactos adversos de choques externos, embora os efeitos da depreciação cambial nos balanços privados e públicos e sobre as expectativas de inflação devam ser monitorados de perto.
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