Mudança no Repetro deve ter impacto de R$ 32,7 bi nas importações, diz MDIC
No total, a importação de plataformas impactou as importações em US$ 3,3 bilhões em julho, elevando o valor comprado do exterior em julho a US$ 18,643 bilhões, o maior valor desde 2014. De acordo com o diretor de Estatísticas e Apoio às Exportações do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Herlon Brandão, a expectativa é que a mudança no Repetro tenha impacto de R$ 32,7 bilhões neste ano (cerca de US$ 8,7 bilhões).
No mês passado, foi feita uma operação contábil com uma plataforma da Petrobras (P-69) que foi exportada e importada no mesmo mês para conseguir ter acesso aos benefícios tributários, já que foi produzida em um período de transição entre as regras. A plataforma foi exportada por US$ 1,2 bilhão e, imediatamente depois, importada por US$ 1,6 bilhão, elevando as exportações nesse montante e reduzindo o saldo comercial em US$ 400 milhões. Uma segunda plataforma foi comprada da China também por US$ 1,6 bilhão, o que também ajudou a inflar as importações.
Apesar do impacto estimado para o ano, Brandão disse que o volume não é suficiente para mudar a previsão de superávit comercial no ano, que é de US$ 50 bilhões.
Minério de ferro
Em meio à guerra comercial entre os Estados Unidos e a China e as indefinições causadas no mercado, as exportações brasileiras de minério de ferro e de semimanufaturados de ferro/aço cresceram em julho.
Principal insumo utilizado na produção de aço, a venda de minério de ferro ao exterior somou R$ 1,814 bilhão em julho, uma alta de 47%. De acordo com Brandão, isso se deveu principalmente à variação de preço do produto, que subiu 33,9%, enquanto a quantidade aumentou 9,8% ante junho de 2017.
"As incertezas internacionais aumentaram o preço do minério de ferro", afirmou. Já as exportações de semimanufaturados de ferro/aço subiram 35,1% de junho de 2017 para junho deste ano, atingindo R$ 427 milhões.
Em junho, com a retração na economia da Argentina, houve queda nas vendas de automóveis de passageiros de 35,7%. No ano, as exportações do produto acumulam queda de 11,1%. Isso contribuiu para reduzir em 6,2% a venda de produtos manufaturados, que vinha em alta.
Greve
De acordo com Brandão, a greve dos caminhoneiros teve impacto apenas "residual" no comércio exterior no mês de junho, com a situação praticamente normalizada. Por outro lado, houve alta de 0,5% na compra de combustíveis em julho, patamar bem menor do que o registrado ao longo do ano, de 20,8%.
Em junho, quando passou a vigorar um programa de subsídios para o diesel - solução encontrada pelo governo para acabar com a greve nos transportes -, as importadoras de combustível chegaram a paralisar as compras do exterior temendo não ter acesso aos mesmos subsídios dados à Petrobras. O governo, no entanto, garantiu que o tratamento será igual para os produtores locais e importadores.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.