Abit reduz projeção para crescimento do setor de vestuário, de 2,5% para até 1%
A expectativa para 2018 representa uma freada ante os 3,5% de crescimento na produção registrados em 2017, ano em que o setor produziu 5,9 bilhões de peças.
"Iniciamos o ano com uma visão mais favorável do que a que se confirmou neste primeiro semestre, quando tivemos um inverno pouco contundente e as vendas do varejo foram impactadas pela greve dos caminhoneiros e a Copa do Mundo", afirmou a jornalistas o presidente da Abit, Fernando Pimentel. "Vamos ter que recuperar terreno perdido no segundo semestre", disse.
Para ele, a paralisação de caminhoneiros foi um "desastre" porque gerou perda de itens produzidos e que não chegaram aos pontos de venda. Já a Copa do Mundo tem impacto negativo porque reduz o fluxo de consumidores no varejo em dias de jogos e concentra a atenção do consumidor no varejo de bens duráveis, com destaque para a venda de televisores.
Na primeira metade do ano, a produção de vestuário encolheu 3,8% no Brasil, de acordo com a Abit. O recuo está em linha com a piora no consumo doméstico de peças de roupa. Os dados da Abit indicam que o varejo de vestuário encolheu 3,5% entre janeiro e maio deste ano ante iguais meses de 2017.
Apesar da queda esperada no volume produzido, a Abit considera que a inflação de custos gerou reajustes de preço, com o faturamento sendo mantido. A entidade ainda espera que o setor têxtil e de confecção fature R$ 154 bilhões este ano ante R$ 144 bilhões registrados no ano passado. "É um reajuste de preço, mas que não recompõe margem", diz Pimentel. "Corresponde apenas a uma alta de custos", concluiu.
A avaliação da entidade é que uma recuperação pode ocorrer em 2019. "Concluída as eleições, teremos uma maior clareza do cenário, o que nos remete a imaginar que a produção volte a crescer na ordem de 3% ao ano, assim como o varejo", concluiu o presidente da Abit.
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