Com incertezas, precisamos manter amplo grau de acomodação monetária, diz BCE
Niviane Magalhães
São Paulo
20/09/2018 15h17
Por outro lado, Praet aponta que a força da economia da zona do euro "sustenta nossa confiança de que a convergência da inflação para o nosso objetivo continuará e será mantida mesmo depois da liquidação gradual de nossas compras de ativos líquidos (QE, na sigla em inglês)".
Ainda assim, a atual estrutura a termo das taxas de juros, "que é um ingrediente fundamental que sustenta as nossas projeções de um retorno gradual e consistente da inflação para o nosso objetivo a médio prazo, incorpora um ritmo muito moderado de subida das taxas para além da data esperada". Nas últimas reuniões de política monetária, o BCE afirmou que as taxas de juros não devem subir até o verão europeu de 2019.
"Prudência, paciência e persistência continuam sendo os princípios norteadores de nossa política monetária, a fim de proporcionar o grau necessário de acomodação monetária e apoiar o gradual aumento das pressões inflacionárias para retornar a inflação a níveis abaixo, mas próximo, de 2% no médio prazo de uma forma durável", salientou Praet.