Inflação de setembro foi maior para famílias mais ricas, revela Ipea
O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda é calculado com base nas variações de preços de bens e serviços pesquisados pelo Sistema Nacional de Índice de Preços ao Consumidor (SNIPC) do IBGE, desagregando os dados por faixas de renda.
O IPCA é uma média da variação de preços para as famílias com renda de um a 40 salários mínimos. Já os segmentos desagregados pelo Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda vão desde uma renda familiar abaixo de R$ 900 por mês, no caso da faixa com renda muito baixa, até uma renda mensal familiar acima de R$ 9 mil, no caso da renda mais alta.
"Embora a forte alta do grupo transportes - em especial, combustíveis (4,2%) e passagens aéreas (16,8%) - tenha pressionado a inflação de todas as faixas, este impacto foi bem mais intenso no segmento composto pelas famílias de maior poder aquisitivo, dado o peso destes itens na cesta de consumo desta classe", diz a nota divulgada no blog da Carta de Conjuntura do Ipea.
Para as faixas de menor renda, o peso maior veio da alta nos preços de alimentos e bebidas. "Por serem itens de maior peso no dispêndio das classes mais baixas, os reajustes do aluguel (0,24%), da energia elétrica (0,46%), dos cereais (1,7%) e dos panificados (0,9%) influenciaram mais fortemente a inflação dos segmentos de menor renda", diz a nota.
No acumulado em 12 meses, a inflação também está mais amena para os mais pobres. No segmento de renda muito baixa, a inflação é de 3,90%. Já na faixa de renda alta, a elevação do indicador está em 4,85% nos 12 meses até setembro. O IPCA acumulou avanço de 4,53% nos 12 meses até setembro.
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