'Estou em crise permanente', relata professora do RS
Faltando um mês para chegada de dezembro, o drama dos servidores estaduais do Rio Grande do Sul continua o mesmo: atraso nos vencimentos somado ao parcelamento do 13° salário. Ativos ou inativos, os servidores do funcionalismo gaúcho seguem recebendo a conta-gotas. Na última quarta-feira (31), o governo estadual pagou a décima parcela do 13º salário de 2017.
Ao assumir um Estado mergulhado em uma crise financeira e econômica, o governador José Ivo Sartori (MDB), que tentou a reeleição, mas acabou sendo derrotado nas urnas, tem sido cobrado pelos servidores públicos pelo recorrente atraso de salários. De 2015 para cá, os vencimentos dos trabalhadores foram parcelados em 35 ocasiões.
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Para a professora de artes e religião Luciene Luzardo, 46, o parcelamento dos salários e do 13° prejudicou o cotidiano da família. "Ficamos completamente sem dinheiro. No primeiro ano dos atrasos, minhas dívidas só acumularam. Consegui sair do vermelho porque um amigo me emprestou R$ 1.000", diz ela, que atua há dez anos na rede estadual de ensino, em Porto Alegre. "Estamos numa crise permanente. Nem presente de Natal dei ou vou dar para o meu filho, pois o 13° vem aos poucos."
Aposentada, a técnica do Tesouro Sônia Klein, 56, também leva a vida na ponta do lápis. Moradora do litoral gaúcho, ela diz que a esperança de contar com o benefício acabou. "É uma angústia. Venho tirando dinheiro da poupança para pagar o cartão de crédito. Além disso, o comércio todo depende do 13° salário, mas a gente não consegue se planejar. Como vou pagar minhas contas?" As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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