Decisão de não ficar no BC teve razões pessoais, reitera Ilan
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, repetiu nesta quarta-feira (5), que recusou o convite para continuar à frente da instituição no próximo governo por razões pessoais, que preferiu não revelar. "Venho do setor privado, e resolvi retornar às origens. Se houvesse um mandato fixo para o BC, talvez essas questões pessoais não se colocassem", afirmou, em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
Mais uma vez, o presidente do BC defendeu a aprovação do projeto de autonomia do BC, que estabelece mandatos não coincidentes de quatro anos para o presidente os diretores da autoridade monetária. "A independência do BC não é para fazer o que quiser, mas uma autonomia para perseguir metas. Dos maiores 40 bancos centrais do mundo, Brasil é único que não tem autonomia", reforçou.
Em resposta a perguntas que internautas enviaram à CAE, Ilan Goldfajn considerou positiva a regra constitucional do teto de gastos. "É um instrumento para não deixar as despesas do governo subirem mais", considerou.
O presidente do BC voltou a dizer que as criptomoedas preocupam o órgão porque não têm lastro, ou seja, não são garantidas por nenhum Banco Central. "Desde o nosso alerta no ano passado, as criptomoedas desvalorizaram em 60%. As criptomoedas também não podem ser caminho para lavagem de dinheiro", concluiu.
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