Demanda por transporte aéreo de carga fica estável em novembro
Na avaliação da entidade, a perda de ritmo da demanda de carga aérea pode estar associada aos sinais de enfraquecimento da economia global e de fatores-chave ao setor, como a confiança do consumidor. A Iata observa ainda que o componente "novas encomendas à indústria" do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) global mostra baixas mensais consecutivas e está abaixo de 50,0 desde setembro - patamar que normalmente sugere queda das exportações. "Nos níveis atuais, o indicador sugere que o crescimento da demanda em base anual não deve retornar de forma acentuada em breve".
Para 2019, a associação projeta uma expansão de 3,7% em FTK, sustentada pela expansão acelerada do e-commerce, grande demandante de transporte aéreo de carga. "Os riscos de piora estão crescendo. As tensões comerciais são objeto de grande preocupação. Precisamos que governos se concentrem em induzir crescimento através do comércio global, e não em barrar suas fronteiras com punições tarifárias", aponta o diretor geral e CEO da Iata, Alexandre de Juniac.
Ainda em novembro, a oferta mundial no segmento (apurada em toneladas-quilômetro disponíveis, ou AFTK, na sigla em inglês) subiu 4,3% no comparativo anual. Esse foi o nono mês consecutivo em que o crescimento da capacidade superou o da demanda. Com isso, a taxa de ocupação caiu 2,2 pontos porcentuais, para 51,5%.
Na Ásia-Pacífico, região com maior market share no transporte aéreo de carga, o tráfego recuou 2,3% ante novembro de 2017. Já as companhias da América do Norte reportaram, pelo segundo mês consecutivo, a maior taxa de crescimento da demanda entre as regiões, com alta de 3,1% no comparativo anual.
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