Brasil se beneficia com tarifas da China à soja dos EUA, diz Unctad
O Brasil aparece como um dos beneficiários indiretos com as tarifas entre EUA e China. Segundo a Unctad, as tarifas chinesas à soja dos EUA resultam em "efeitos de distorção" no mercado, com vantagem para "vários países exportadores, em particular o Brasil, que de repente tornou-se o principal fornecedor de soja para a China". A entidade aponta, contudo, que, como não se sabe a duração das tarifas, os produtores brasileiros mostram-se relutantes a tomar decisões de investimento que podem se mostrar não lucrativas, caso as tarifas sejam retiradas. "Para além disso, as empresas brasileiras que operam em setores que usam a soja como insumo - como a alimentação para a pecuária - tendem a perder competitividade por causa das altas de preços geradas pela demanda chinesa por soja brasileira", analisa.
O estudo da Unctad diz que alguns países registram um salto em suas exportações diante das tarifas EUA-China, mas também que os efeitos globais negativos "tendem a dominar". Entre os beneficiários num primeiro momento, as exportações da UE se destacam, segundo o relatório, seguidas pelas vendas de México, Japão, Canadá, Coreia do Sul, Índia, Austrália e Brasil, nessa ordem.
A Unctad afirma que mais países podem sofrer com políticas protecionistas, que poderiam escalar num nível global. Segundo ela, em uma economia interconectada, as medidas de gigantes do comércio tendem a ter um efeito dominó para além dos países e setores atingidos.
No início de dezembro, EUA e China concordaram em congelar as tarifas. A trégua vai até 1º de março e agora há expectativa para se saber se haver um acordo bilateral para acabar com as tarifas ou se elas podem continuar a ocorrer.
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