Confiança do comércio sobe, mas indicador de investimento cai, diz Fecomercio-SP
Francisco Carlos de Assis
São Paulo
06/03/2019 14h04
Na margem, no entanto, este aumento da confiança não se traduziu em propensão ao investimento. O Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC), que mede a intenção dos empresários por novos investimentos, sofreu leve queda de 0,8%. Caiu de 102,1 pontos em janeiro para 101,3 pontos no mês passado. Mas num prazo mais longo, que compara janeiro com o mesmo mês em 2018, os sinais dos dois indicadores se convergem. O indicador de confiança cresceu 7,1% e o índice que mede a propensão ao investimento avançou 5%.
Os indicadores são compilados mensalmente pela Federação do Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), e variam de zero a 200 pontos, de pessimismo ao otimismo total.
Na análise por porte, as empresas com até 50 empregados registraram alta de 3% - 118,8 pontos em janeiro para 122,4 pontos em fevereiro. As empresas com mais de 50 empregados também apontaram crescimento de, 1,7%: de 136,1 pontos em janeiro para 138,4 pontos em fevereiro.
Indicadores
Dos três quesitos que integram o Icec, dois avançaram na passagem de janeiro para fevereiro. O Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (Icaec) obteve sua sexta alta consecutiva, aumentando 9,4%, de 90,9 pontos em janeiro para 99,5 pontos em fevereiro. Na comparação anual, a elevação foi de 6,1%.
O Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (Ieec) também apontou seis altas consecutivas, 1,7% neste mês, passando de 164,6 pontos em janeiro para 167,4 pontos em fevereiro. Em relação ao mesmo período do ano passado, subiu 9,1%.
De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, apesar de cautelosos em relação aos investimentos, pois ainda aguardam definições sobre os próximos passos políticos, os empresários permanecem confiantes em relação ao presente e ao futuro. Além disso, as melhorias nas variáveis econômicas, como recuperação do emprego e aumento do consumo das famílias têm influenciado a volta ao crédito e, consequentemente, a expansão do comércio.
Segundo a Federação, a expectativa para os próximos meses é que, com o encaminhamento da Reforma da Previdência, seguido da aprovação, haverá ajuste das contas públicas e melhora na economia, mantendo a confiança do empresário em alta.