Confiança empresarial cai 2,7 pontos em março ante fevereiro, afirma FGV
"O retorno, em março, da confiança empresarial ao nível de março do ano passado, após esboçar uma recuperação no início do ano, é uma história das idas e vindas do componente de expectativas do indicador. Primeiro, houve aumento do pessimismo entre março e setembro de 2018, decorrente da combinação de desaceleração econômica interna, crise argentina, greve dos caminhoneiros e aumento das incertezas eleitorais", explicou em nota o superintendente de Estatísticas Públicas da FGV Ibre, Aloisio Campelo Jr.
Segundo ele, após as eleições "houve calibragem das expectativas e uma onda de otimismo com o novo governo", mas o desapontamento com o ritmo lento da economia e com a manutenção de níveis elevados de incerteza econômica fez o índice recuar.
O ICE consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV Ibre: Indústria, Serviços, Comércio e Construção.
O Índice de Situação Atual caiu 1,5 ponto em março, para 89,9 pontos, voltando ao nível de novembro de 2018. Já o Índice de Expectativas (IE-E) cedeu 2,9 pontos e fechou o trimestre em 98,1 pontos, o menor nível desde outubro do ano passado. Nos dois últimos meses o IE-E acumulou perdas de 4,1 pontos.
Todos os subíndices que integram o ICE recuaram em relação ao mês anterior. A confiança da indústria, que parecia seguir rumo à neutralidade, caiu 1,8 ponto em março. Com a segunda queda consecutiva, a confiança do setor de serviços retornou ao patamar de novembro de 2018. No comércio, a confiança recuou pela terceira vez seguida, acumulando perda de 8,3 pontos no primeiro trimestre de 2019. A confiança da construção caiu 2,5 pontos, permanecendo abaixo dos 90,0 pontos. Na métrica de médias móveis trimestrais, apenas a Indústria avançou em março.
No mês passado, a confiança avançou somente em 22% dos 49 segmentos que integram o ICE. Em fevereiro, a disseminação de alta havia alcançado 41% dos segmentos. "A piora tem sido mais concentrada nos setores da construção e comércio. O primeiro é o destaque negativo no mês por registrar queda em 10 de 11 segmentos. Já no comércio, que estava com níveis elevados de expectativas em janeiro, a confiança cresceu em apenas um de seis segmentos nos dois últimos meses", informou a FGV.
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