Debate sobre modelo de capitalização traz momentos tensos em audiência com Guedes
Em resposta a deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), o ministro voltou a ser irônico. Mattos, que é da Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil), questionara Guedes sobre o modelo de capitalização proposta pelo governo na reforma.
"O senhor é um felizardo beneficiário (da capitalização), eu gostaria que os outros pudessem usufruir", disse o ministro. "Então, o regime em si não é tão ruim", acrescentou. Guedes disse que era preciso de gente da qualidade do deputado para gerir os fundos de previdência.
O ministro afirmou que a capitalização proposta pelo governo não representa um desmanche do sistema atual de Previdência. "Estamos abrindo uma porta para o regime de capitalização, mas ele é optativo", disse.
Guedes voltou a afirmar que, se a reforma da Previdência, não for aprovada com alguma potência fiscal, a capitalização não será apresentada pelo governo. "Fiquem tranquilos!", disse.
Ele pregou o diálogo sobre a discussão da capitalização e lembrou que a proposta da Previdência garante um salário mínimo para os aposentados. "Vamos exigir que exista um salário mínimo garantido. Ninguém vai receber menos. Está escrito na PEC", ponderou.
Menos paixão
O ministro apelou para a necessidade de a discussão menos passional. "Não podemos ser superficiais. Ficamos apaixonados. A eleição acabou há três meses. Não dá para apaixonar. O governo foi eleito", disse ele, acrescentando que o jovem vai escolher em qual regime quer entrar: o antigo ou a capitalização.
Diante dos ataques da oposição, o ministro disse que não iria cair na provocação dos parlamentares. "Vou seguir o rito", disse.
O ministro aproveitou para alfinetar os deputados do PT ao destacar que todos sabiam que fez um aumento irresponsável das desonerações e subsídios. "Quem mais fez desoneração de 2% para 4% do PIB, todo mundo sabe quem cometeu essa irresponsabilidade fiscal de dar dinheiro para campeões nacionais e grupos próximos", cutucou. Guedes ponderou que as eleições aconteceram e mudaram essa situação.
Para ele, o Brasil quebra, se não fizer uma reforma fiscal com uma alguma potência. Mas disse que o problema previdenciário segue para frente com filhos e netos a bordo, se não for feita. "Convive com o drama quem não aprende com a própria experiência", comentou.
Ele prometeu atacar as renúncias e fazer a reforma tributária.
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