Reforma abrirá portões para retorno do crescimento econômico, diz Guedes
Guedes admitiu que a comunicação da reforma é o grande desafio do governo, mas voltou a dizer que sem ela será inviável garantir os benefícios e aposentadorias no futuro. "A reforma da Previdência reduz desigualdades e remove privilégios, sem atingir os mais frágeis", enfatizou.
Mais uma vez, Guedes discursou contra corporações do funcionalismo público que se opõem à proposta do governo de reforma previdenciária. "As aposentadorias dos funcionários do legislativo são 20 vezes maiores que as dos trabalhadores comuns. É evidente que lobby contra reforma da Previdência está em Brasília. Não é o Brasil que é contra a reforma da Previdência, é Brasília", acrescentou.
Para o ministro, essas corporações estariam estão usando os pobres como escudo contra a reforma, ao alegarem que a proposta retira direitos dos menos favorecidos. "Isso é 'fake news'", acusou.
Ele também rebateu críticas de que a alíquota contribuição previdenciária de 22% proposta para quem ganha mais R$ 30 mil seria uma medida confiscatória. "Se algum juiz reclamar de alíquota de 22% para quem ganha mais do que o presidente da República, é melhor ficar quieto. Não chateia", alfinetou.
Estouro do Orçamento
O ministro da Economia avaliou ainda que a reforma da Previdência livrará o País de ameaça de estouro do Orçamento pelos próximos 15 ou 20 anos. Ele repetiu estar confiante na aprovação do projeto do governo com economia de R$ 1 trilhão em uma década. "Se a reforma for pouco potente, servirá apenas aos próximos dois governos. Se a reforma tiver de R$ 500 bilhões a R$ 700 bilhões de efeito, não lançaremos um novo regime (de capitalização). Não enviaremos os jovens em um foguete para a lua se não tivermos o combustível", afirmou.
Para Guedes, a reforma da Previdência abre um horizonte de crescimento de 3% ao ano para a economia brasileira por mais de dez anos. "Essa visão de estabilidade financeira à frente é o que traz de volta os investimentos", completou.
O ministro elogiou o apoio do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), à reforma e disse não poder "reclamar nada" da ajuda do presidente Jair Bolsonaro sobre o tema. "Não adianta cobrar tudo do presidente, ele já faz coisas além do que se poderia pedir", afirmou.
Guedes ainda brincou ao dizer que o governo é criticado por não ter habilidade de comunicação, e lembrou que governos que eram reconhecidos por essa habilidade não conseguira aprovar correções nos sistema de aposentadorias. "A antiga forma de fazer política morreu. Não sabemos qual é a nova, porque ainda a estamos construindo. Mas estou seguro de que a classe política fará a parte dela na reforma da Previdência", completou.
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