IBGE propõe reduzir questões do censo
Segundo relatório apresentado ontem pela direção do órgão à comissão consultiva do censo, obtido pelo Estadão/Broadcast, o questionário completo passará a ter 78 perguntas, em vez das 112 previstas no último teste feito pelo corpo técnico - um corte de 30%. Oficialmente, o IBGE não informa o novo desenho da pesquisa.
A comissão esteve reunida ontem por cerca de sete horas avaliando as mudanças. A proposta apresentada pelo novo diretor de Pesquisa, Eduardo Rios Neto, ainda será levada hoje ao corpo técnico "em respeito" aos funcionários. Em seguida, o diretor vai encaminhá-la ao conselho diretor.
A decisão final, porém, será de Rios Neto, que assumiu o cargo há menos de um mês. O anúncio deve ser feito até quinta-feira.
Na versão mais enxuta, o censo deixa de levantar dados como informações sobre rendimentos de todos os moradores do domicílio, se limitando apenas a coletar a renda de quem é designado pelos moradores como o chefe da família.
Também não devem ser mais feitas perguntas sobre a posse de bens duráveis, como computadores, automóveis, geladeira e celular. Ainda devem ser excluídas informações sobre aluguel de residência e mobilidade da população da casa ao trabalho e local de estudo.
Em coletiva convocada no fim do dia, Rios Neto negou que o encolhimento do censo tenha motivação financeira. Mas não explicou o que levou a direção do IBGE a encomendar mudanças na pesquisa.
O corte do censo gerou indignação entre funcionários do instituto, que acusam o governo federal de comprometer a qualidade da pesquisa.
Exoneração. Em meio ao debate s, a presidente do IBGE, Susana Cordeiro Guerra, exonerou há cerca de 20 dias os diretores de Pesquisa, Cláudio Dutra Crespo, e de Informática, José Santana Beviláqua. No lugar de Crespo, entrou Rios Neto. "Ranger de dentes faz parte. Não fui nem um pouco ditatorial no que tange à comissão consultiva. Espero que essa seja só uma etapa que pretendo passar logo", disse Rios Neto.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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