Odebrecht não deve trazer crise a bancos
Os analistas Jörg Friedemann e Gabriel Nóbrega, do Citi, destacaram, em relatório, que a principal preocupação é o "efeito cascata" entre as outras empresas do grupo, a partir do recente pedido de recuperação judicial da Atvos, braço de açúcar e álcool. "Garantias adicionais (nas mãos das instituições financeiras), como ações da Braskem, também ajudam a mitigar o risco total, colocando os bancos em uma posição confortável", dizem os analistas.
Segundo eles, embora o Banco do Brasil pareça mais exposto ao endividamento do grupo, com valor reportado de R$ 9 bilhões, sendo R$ 3,8 bilhões apenas na Atvos, os níveis de cobertura parecem razoáveis. Eles afirmam que as provisões cobrem 40% da exposição da Atvos e 30% do grupo, enquanto garantias como, exemplo, ações da Braskem, podem adicionar outros 40% a 50% de proteção.
Já a agência de classificação de risco Moody's afirma que o risco de uma deterioração severa na qualidade dos ativos para Banco do Brasil, Caixa, BNDES, Bradesco, Itaú e Santander é pequeno. "O processo de recuperação judicial pode interromper ou desacelerar a geração de receita e, portanto, prejudicar a capacidade da Odebrecht de pagar seus empréstimos. Os bancos podem criar provisões adicionais e reportar um aumento nos ativos inadimplentes", escreveu a Moody's.
Mas, para a agência, o risco de deterioração severa na qualidade dos ativos para os seis bancos é pequeno porque a exposição combinada de empréstimos da Odebrecht equivalia a 1,3% da sua carteira total de R$ 3,1 trilhões em dezembro de 2018. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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