Fipe reduz projeção para IPC de junho, de 0,20% para 0,19%, com alimentos
Segundo o coordenador do índice, Guilherme Moreira, o maior desvio na primeira quadrissemana partiu do grupo Alimentação, que registrou queda de 1,10%, quando a Fipe esperava recuo de 0,98%. No fechamento de maio, a taxa havia sido de -1,05%.
"As quedas de alimentação estão um pouco mais fortes. Com o clima mais comportado agora, parte do aumento observado no início do ano está sendo devolvido", diz Moreira, que completa que o grupo deve continuar em terreno negativo até o fim do mês, conforme a projeção de -0,54%.
O coordenador cita, por exemplo, o comportamento de batata (-1,24% para -5,82%) e de feijão (-16,97% para -15,03%), que na ponta (pesquisas mais recentes) ainda têm números negativos, -13% e -10%, respectivamente.
Moreira ainda destaca que a maioria das principais contribuições de alta no IPC da primeira quadrissemana não têm mais fôlego para pressionar para cima o indicador, como gasolina (2,20% para 1,13%) e energia elétrica (-0,32% para 0,62%).
O combustível na ponta já está com queda de 1%, reagindo à redução nas refinarias promovida pela Petrobras no início do mês. Nesta madrugada, a petroleira informou nova queda dos preços.
Já a energia ainda tem ponta positiva de 1,77%, mas Moreira explica que a partir da terceira quadrissemana do mês o item deve começar a desacelerar por influência à adoção da bandeira verde em junho, em substituição à amarela vigente em maio. No metodologia da Fipe, essas mudanças só são registradas no IPC quando as faturas são efetivamente pagas pelos consumidores.
Ainda que considere que o cenário de inflação segue bastante tranquilo, com os itens com maior peso para os consumidores indicando queda em junho, Moreira explica que há expectativa de paulatina aceleração no mês por efeito de viagem e também do aumento anunciado de gás e de água e esgoto. Habitação já subiu de 0,07% para 0,21% na primeira quadrissemana de junho e a projeção para o fim do mês é de alta de 0,63%.
O coordenador afirma que o aumento de viagem é normal neste mês devido à compra de pacotes para as férias de julho, mas ele pondera que o aumento observado na primeira quadrissemana de junho este ano (15,36%, de 12,79%)) está maior do que no ano passado (7,53%).
Segundo Moreira, é difícil de estimar, mas essa diferença pode ter a ver com o efeito Avianca, já que a paralisação da operação da companhia diminuiu a concorrência no setor. Contudo, diz, que, passada essa época sazonal de pressão nos preços, o que vai continuar determinando o comportamento desse item é a demanda, que está muito fraca. "Tanto é que no ano há queda de 13,19%."
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