Ipea: 15,5% das vagas abertas desde a nova lei foram intermitentes ou parciais
De novembro de 2017 a abril de 2019 foram abertas 58.630 vagas de trabalho intermitentes e 19.765 vagas de trabalho parcial, segundo o Ipea. "Se esperava um impacto maior, mas é difícil mensurar o impacto de uma reforma em período de recessão. Nesse momento é difícil fazer qualquer juízo de valor, porque é um mercado de trabalho ainda tentando se recuperar da crise", disse técnica em planejamento e pesquisa do Ipea Maria Andreia Lameiras.
Segundo estudo divulgado nesta terça-feira, 18, o trabalho intermitente foi mais utilizado pelas empresas de pequeno porte, de até 19 empregados, que foram responsáveis por 42,6% do total. Nessa nova modalidade, os salários de admissão superaram os de demissão, explicou Lameiras.
A faixa etária entre 20 e 29 anos foi a que mais empregou pela nova modalidade de intermitência, representando 37,7% do total, enquanto no trabalho parcial foi responsável por 47,4%.
Já pela avaliação da escolaridade, o maior número de contratos para trabalhos intermitentes se direcionou a trabalhadores com ensino médio completo, o mesmo se aplicando ao trabalho parcial. Já o ensino superior ficou com 9,7% das vagas intermitentes e 23,5% das vagas parciais.
A economista do Ipea observou, no entanto, que no caso do trabalho intermitente os trabalhadores estão sendo admitidos por valores maiores do que as pessoas nessa categoria que são demitidas.
O salário médio da demissão ficou em R$ 842,80, contra o salário médio de admissão de R$ 973,80. Já no caso da admissão para trabalho parcial, que já existia mas foi flexibilizado com a lei trabalhista, o empregado é admitido com valores menores do que o que foi demitido anteriormente, R$ 861,60 e R$ 965,60, respectivamente.
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