Guedes atua para evitar novos ruídos na reforma da Previdência
Nas conversas que já teve com parlamentares, o ministro tem negado que disse na reunião com o governador petista que o Congresso é uma "máquina de fazer corruptos".
Pelo contrário, Guedes tem reforçado aos parlamentares que sua frase foi retirada do contexto da conversa. Em nota na quarta-feira, disse que as frases foram usadas no sentido oposto.
Desde as críticas feitas ao relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) da proposta da reforma da Previdência, Guedes tem ficado em silêncio para não atrapalhar as últimas negociações para a votação da matéria.
Na equipe econômica, no entanto, já eram esperadas novas desidratações do texto. Tanto na comissão quanto no plenário da Câmara. Muitos assessores atribuem o ruído em torno do encontro de Guedes com o governador do PT à intriga da oposição.
O mal-estar e os ruídos, porém, ainda não estão resolvidos depois do episódio da quarta, que pegou todos de surpresa. A votação em plenário antes do recesso parlamentar não está certa, apesar da declaração de Maia dada, nesta quinta-feira, de que a "ideia é resolver semana que vem na Comissão Especial e na outra, no plenário". Maia tenta construir esse acordo com os líderes.
O presidente da Câmara apelou para que haja menos intriga nas relações com o Congresso e provocou Guedes ao dizer que o "sapo morre pela boca". "Como eu disse, o sapo morre pela boca, quero dizer, o peixe", afirmou Maia, fazendo uma correção para ser fiel ao ditado popular.
O cronograma de votação será acertado em reunião com líderes, mas ainda há pressões dos partidos para muitas mudanças, principalmente para policiais, professores e regra de cálculo da aposentadoria. Interlocutores do governo reclamam, por sua vez, da pressão por liberação de emendas dos partidos do Centrão.
No governo, a avaliação é de que, por trás do "humor" dos parlamentares e de Maia, está a preocupação com os ataques que o Congresso poderá sofrer em novas manifestações populares que devem ocorrer no fim de semana.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.