Secretário dos EUA vem ao Brasil após visita de Bolsonaro
A viagem é considerada pelos americanos e brasileiros como um dos passos de estreitamento das relações comerciais entre os dois países depois da visita do presidente Jair Bolsonaro a Donald Trump, em março.
Na época, após encontro dos dois líderes na Casa Branca, Brasil e EUA concordaram em reduzir barreiras de comércio e investimentos - o que foi chamado de "parceria para a prosperidade" no texto da declaração conjunta.
Os dois países devem anunciar a retomada de um mecanismo bilateral chamado Diálogo Comercial. No passado, os encontros para incentivar comércio e investimentos eram conhecidos como MDIC-DoC - uma referência às siglas do então Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, no Brasil, e do Departamento de Comércio americano. Apesar de o mecanismo já existir desde 2006, EUA e Brasil querem avançar de forma mais ambiciosa em liberação de barreiras que não envolvam debate sobre tarifas, por exemplo, e temas de transparência em regulação.
Ross deve se encontrar com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. Os americanos também articulam um encontro com Bolsonaro, que tem deixado claro que deseja intensificar a relação com os EUA.
Fontes do governo brasileiro querem aproveitar a presença de Ross para falar sobre a ideia de um acordo do Mercosul com os Estados Unidos. O presidente da Argentina, Mauricio Macri, falou publicamente da intenção, que também é tratada pelo governo brasileiro nos bastidores.
O tema já foi levado a Ross por integrantes da equipe econômica do governo brasileiro, mas Washington tem reagido de forma cética à entrada em um novo acordo de livre-comércio.
Desde a chegada de Trump à Casa Branca, os EUA decidiram se retirar ou renegociar acordos de livre-comércio - caso do Tratado Transpacífico (TPP, na sigla em inglês), do qual os americanos desembarcaram, e do Nafta, que foi refeito. Além disso, o governo americano tem esforços voltados para negociações comerciais travadas com a China.
Apesar de o Brasil querer explorar o tópico, a avaliação entre integrantes do governo é de que os EUA devem avançar nos temas regulatórios e não tarifários, em um primeiro momento. Fontes do governo americano afirmam que apesar do entusiasmo com a gestão Bolsonaro é preciso avaliar como o Brasil vai encaminhar reformas domésticas e conduzir negociações bilaterais, para que o avanço da relação diplomática e comercial aconteça de "forma fluida".
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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