Crédito manteve no primeiro semestre de 2019 trajetória de crescimento, diz BC
"O crédito do Sistema Financeiro Nacional cresceu 1,2% entre janeiro e junho, mantendo a trajetória que veio do ano passado. As operações com crédito livre cresceram 4,4% no período - sendo 6,8% para famílias e 1,5% para empresas", detalhou.
Mesmo com o nível elevado de desemprego no País, ele comentou que tem havido redução gradual da quantidade de desempregados na margem. "Esse aumento da massa salarial é a fonte do aumento do crédito para as famílias", apontou. "Um dos maiores crescimentos tem ocorrido no crédito consignado, cuja taxa em junho (22,8% ao ano) foi a menor da série história iniciada em 2004", completou.
Já a redução dos saldos no crédito direcionado para pessoas jurídicas se deve à continuidade da redução dos desembolsos do BNDES. "Os créditos do BNDES estão sendo substituídos por emissões no mercado de capitais doméstico", acrescentou.
Rocha destacou que o aumento da taxa média de juros nos últimos meses decorre da redução dos saldos no crédito direcionado - como os do BNDES, por exemplo, e que têm juros menores - e do aumento do crédito livre - que cobra juros maiores. "Mesmo que cada operação individual não tenha tido aumento de taxas, ocorre esse efeito de alta pela composição do estoque", explicou.
Rocha disse ainda que a redução do ritmo de expansão do crédito em junho se deve a movimento de baixa a prejuízo e liquidações de operações no mês. "Já as concessões dessazonalizadas tiveram volume consistente com a trajetória de crescimento do crédito no mês", acrescentou.
Cheque especial
Rocha disse que o aumento dos juros do cheque especial em junho decorre da elevação da taxa por um banco. A taxa média do cheque especial foi de 320,9% ao ano para 322,2% ao ano de maio para junho.
"Houve uma instituição financeira que aumentou suas taxas no cheque especial em junho", explicou.
Crédito ampliado total
Rocha destacou que o crédito ampliado total ao setor não financeiro atingiu um saldo de R$ 9,7 trilhões em junho, o equivalente 138,2% do PIB. O cálculo considera as dívidas de famílias, empresas e do governo geral nos mercados interno e externo.
"No mercado doméstico, destaca-se o mercado de capitais privado. Os títulos privados e os instrumentos securitizados são créditos que têm apresentado maior dinamismo", acrescentou. "Isso corrobora a tendência de troca de dívida no mercado externo pelo mercado doméstico".
Excluindo o endividamento do governo, o saldo de crédito total ampliado de famílias e empresas totalizou R$ 5,419 trilhões em julho, ou 77,5% do PIB.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.