Estatal descarta seguir rivais e investir em energia renovável
"Tem gente que anuncia ser comprometido com energias melhores e tal, mas se formos ver as companhias (petroleiras) europeias que focam no negócio de energia renováveis, a projeção da participação em suas receitas em 2030 é de 1%, no máximo 1,5%. Na prática, não é tudo isso", afirmou.
Distribuição de gás
Castello Branco afirmou também não estar preocupado com uma possível transferência do domínio da estatal para o setor privado na área de gás natural. A japonesa Mitsui divide com a Petrobrás o controle da subsidiária Gaspetro, empresa presente em 19 Estados. A saída da Petrobrás da Gaspetro, como sugeriu o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), pode gerar um novo controle do mercado, mas por um ente privado. "É um assunto para o Cade", disse.
A japonesa Mitsui tem direito de preferência na compra das ações, mas ainda não há uma decisão do modelo de venda da Gaspetro. O Estado informou ontem que a Mitsui avalia elevar sua participação em distribuição de gás e pode comprar fatia da estatal em distribuidoras.
Além de sair dos negócios de transporte e distribuição de gás, a Petrobrás continuará a se vender outros ativos para reduzir seu alto endividamento. Mais US$ 4 bilhões podem entrar no caixa da empresa em breve, como o pagamento por áreas de exploração e produção de petróleo e gás, em fase final de negociação.
"O desinvestimento não tem apenas objetivo de redução da dívida", afirmou Castello Branco. "Tem muita coisa para fazer: vender oito refinarias, a Gaspetro e muitos outros ativos não é fácil."
'Clubinho'
Castello Branco afirmou ainda que a Petrobrás está preocupada com ela mesma e não em participar de "clubinho" de empresas no programa de destaques de estatais na B3, bolsa paulista. Esse movimento, em sua opinião, é o mesmo que "disputar a Série C do Campeonato Brasileiro". Em vez disso, a petroleira quer "disputar a Champions League". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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