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Avanço da desburocratização não pode parar na MP 881, diz relator

Mariana Haubert e Eduardo Rodrigues

Brasília

12/08/2019 14h21

O relator da Medida Provisória 881, da Liberdade Econômica, o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), afirmou nesta segunda-feira, 12, estar ajustando o seu relatório sobre a proposta para que ele "fique o mais perto de gerar menos polêmica" na votação na Câmara, que deve acontecer nesta terça-feira. Para ele, o governo precisa enviar ao Congresso outros projetos que avancem na desburocratização do Estado.

"O problema da burocracia no Brasil impede o avanço da economia brasileira. Não sei como o Brasil chegou até aqui. Mas sabemos que não podemos fazer a lei ideal de uma vez só. O avanço da desburocratização não pode parar nessa Medida Provisória", disse Goergen durante a abertura de um seminário sobre a medida realizado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Ele reconfirmou que a MP deve ser votada pela Câmara na terça-feira e destacou que a sua aprovação será importante para fomentar iniciativas semelhantes nos Estados e municípios. "Os entraves são possíveis de serem rompidos, mas para isso precisamos do esforço da Câmara de votar essa lei amanhã e o Senado, na semana que vem", disse.

A senadora Soraya Thronicke (PSL-MS), relatora revisora da MP, afirmou que o governo precisa reforçar com a população a necessidade de aprovação de medidas econômicas para que haja maior apoio das pessoas a ponto de pressionar o Congresso por essas mudanças.

"A pauta econômica tem que ficar fora das pautas ideológicas. A população precisa entender a necessidade dessas medidas como entendeu a da reforma da Previdência, para que a própria população pressione seus parlamentares", disse.

Já o 1º vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira (PRB-SP), comentou alguns pontos da medida e disse que o governo pode contar com a bancada do seu partido para aprovar propostas que tratem de desburocratização. "Nossa bancada converge quase em todos os assuntos com os interesses do governo", disse.

Pereira afirmou ainda que é uma injustiça a percepção de que o empresariado brasileiro é um vilão e que quem gera o emprego é o setor produtivo. "O melhor programa social definitivamente é o emprego", disse.