Campos Neto vê potencial de crescimento dos empréstimos no Brasil
"Um canal bastante sólido é a parte do crédito. Tivemos crescimento de quase 12% ao fim de junho, com a diminuição do crédito direcionado e o impulso do segmento livre, com mais crédito privado que público", avaliou o presidente do BC.
De acordo com ele, parte do impulso vem do mercado de capitais, mas é necessário debater como levar o crédito a outro patamar uma vez que o Brasil é muito inferior que qualquer País da OCDE na parte de financiamento e infraestrutura. Neste segmento, conforme ele, há um grande desafio de marco legal e no setor de saneamento.
"O Brasil tem uma defasagem muito grande. Temos uma penetração de celular muito maior que em saneamento", alertou Campos Neto.
Ele destacou ainda a necessidade da atração do investidor internacional e a importância do hedge cambial. Segundo ele, o assunto está endereçado e uma medida deve ser publicada em breve.
No segmento imobiliário, o presidente do BC citou a importância de o crédito ser mais securitizado, ou seja, reempacotado e vendido a investidores. Nesse sentido, ele destacou a necessidade de ter outros indexadores do financiamento da casa própria uma vez que a Taxa Referencial (TR) dificulta esse processo pela dificuldade de se fazer hedge.
"Estamos estimulando o financiamento imobiliário com outros indexadores. Para nós, o IPCA é favorável uma vez que a inflação tem correlação grande com ativo real e hedge natural", disse Campos Neto.
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