É possível reduzir mais custo de extração no pré-sal, diz presidente da Petrobras
A Petrobras espera reduzir o custo de extração de petróleo e gás na região do pré-sal, que, no segundo trimestre, ficou em US$ 6, afirmou o presidente da companhia, Roberto Castello Branco, em palestra no Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP).
"A Petrobras se defronta no campo técnico com um ambiente muito favorável. Neste ano, completamos dez anos de exploração do pré-sal. A empresa registrou muito progresso e aprendizado. Isso permitiu, por exemplo, reduzir significativamente o tempo de perfuração dos poços", disse.
Há, no entanto, outros desafios a ultrapassar, disse ele. A empresa ainda possui dívida elevada, cujo serviço consome 35% do fluxo de caixa operacional. "Uma das questões (dificuldades) é a disponibilidade de recursos para investir", disse Castello Branco. Por isso, a empresa persegue a redução do custo de capital, acrescentou.
Segundo o executivo, o banco de fomento chinês CDB tem sido "um parceiro da Petrobras nos piores momentos". "Não fossem os chineses, a Petrobras teria que recorrer ao Estado brasileiro", complementou Castello Branco.
Em contrapartida, disse ele, os recorrentes empréstimos "gerou uma concentração de dívida importante". Há um esforço, hoje, de redução dessa dívida, com pré-pagamentos. "Enquanto não chegarmos ao fim desse processo nossa competitividade vai ficar comprometida", afirmou.
Castello Branco ainda destacou a necessidade de reduzir custos. Como exemplo, citou o prédio onde funciona o escritório da empresa em Vitória (ES), que custa R$ 176 milhões por ano à companhia.
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