Eduardo Bolsonaro: Indicação para embaixada não tem nada a ver com Previdência
O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) tentou afastar o impacto de sua indicação para a embaixada brasileira em Washington na reforma da Previdência. O nome de Eduardo ainda não foi encaminhado pelo pai, o presidente Jair Bolsonaro, ao Senado. Para ser efetivada, a nomeação precisa de aval da Casa, que também discute a proposta sobre o sistema de aposentadorias.
"Não. Não tem nada a ver", disse Eduardo quando questionado se a indicação contaminaria a reforma da Previdência no Senado. Nesta quinta-feira, 22, ele visitou o gabinete do senador Jorginho Mello (PP-SC). "Os senadores vão fazer juízo se eu sou merecedor ou não e ponto final. Outra questão é tributária, reforma da Previdência, armas, enfim, acho que não tem comunicação de uma coisa com a outra, não", declarou o deputado.
Eduardo aposta no perfil do Senado para que a agenda econômica do governo não seja obstruída pela discussão sobre a embaixada. A oposição, afirmou, vai usar "qualquer artifício" para tentar emperrar as propostas do Planalto, mas não teria sucesso ao esbarrar no compromisso dos parlamentares da Casa. "Normalmente o perfil dos senadores é um perfil mais experiente, são ex-governadores, eu acredito que isso aí não venha a comunicar uma coisa com a outra não."
No Senado, aliados de Eduardo Bolsonaro avaliam que a indicação deverá ser oficializada no mês que vem - ainda durante a discussão da reforma da Previdência. Para o grupo favorável ao nome do deputado na embaixada, o ambiente para aprovação melhorou nos últimos dias. Eles calculam que o placar na Comissão de Relações Exteriores seja atualmente de nove votos a favor de Eduardo contra sete. Três parlamentares estariam indecisos, calculam aliados, o que poderia inverter o placar. Depois do colegiado, a indicação ainda dependerá de uma votação no plenário.
Cotado para a relatoria da indicação na comissão, o senador Chico Rodrigues (DEM-RR) também negou que o tema contamine a reforma da Previdência.
"Zero. Uma coisa não tem relação com a outra. A questão do Eduardo é política, não é simplesmente de indicação para o posto de embaixador. Deveria haver uma interpretação política mesmo por parte dos senadores e ver a importância do posto", declarou Rodrigues ao Broadcast Político.
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