Salim Mattar: Modelo de privatização dos Correios ficará mais claro em 2020
Fabiana Holtz
22/08/2019 08h58
Vale reforçar que a empresa tem monopólio do serviço postal e do correio aéreo nacional (serviço postal militar) assegurado pela Constituição. Por conta disso, sua privatização passa, necessariamente, pelo Congresso, por meio da aprovação de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) e esse processo pode demorar de dois a três anos, de acordo com Mattar.
Na visão do secretário, todos em Brasília estão conscientes de que é preciso reduzir o tamanho do Estado. "Vejo hoje uma grande receptividade no Congresso para a venda dessas estatais", disse ao reforçar que há um "senso de responsabilidade" em relação aos destinos do país. Para Mattar, sociedade também está mais consciente que o "Estado empresário está com seus dias contados".
Mattar destacou ainda que a sociedade mudou muito e os Correios atualmente tem operado mais como uma entregadora de pacotes. "Temos de nos perguntar: deve o Estado ter uma empresa entregadora de pacotes? Estamos tentando redefinir o papel do Estado".
Eletrobras
Com relação à privatização da Eletrobras, Mattar afirmou que a estatal deve ser privatizada mais cedo que as demais porque precisa de dinheiro. "Precisamos acelerar o processo", disse. O secretário afirmou, porém, que o governo continuará acionista da elétrica, com uma participação entre 30% e 40%.