Nos EUA, Amazon vende milhares de produtos irregulares
Além disso, foram encontrados produtos declarados como inseguros por agências federais, itens sem rótulos e até mercadorias banidas por reguladores - entre eles, há o caso dos hoverboards (skates elétricos), febre há alguns anos nos EUA e no Brasil.
Em postagem em seu blog, a Amazon afirmou exigir dos vendedores que os produtos oferecidos em sua plataforma estejam de acordo com "regulações e leis relevantes". A empresa também disse que usa ferramentas automatizadas para identificar itens irregulares.
A vasta maioria dos produtos não era vendida diretamente pela Amazon, mas sim por lojas terceiras que usam a plataforma da Amazon - legalmente, a empresa não é responsável pelos itens de lojistas vendidos no marketplace, nome dado ao serviço da plataforma que permite que terceiros comercializem produtos.
Exemplo
Um caso em junho de 2018 tornou-se um marco em relação ao tema: um hoverboard comprado no site da Amazon explodiu e incendiou a casa de uma família. A empresa não sofreu nenhum tipo de punição. "O papel da Amazon na transação era fornecer um mecanismo para facilitar a troca entre a parte interessada em vender o produto e o indivíduo que procurava comprá-lo", escreveu o juiz responsável pelo caso.
A investigação do jornal americano, porém, mostra a dificuldade da Amazon em fiscalizar milhões de fornecedores que expõe produtos em seu site. De acordo com o Wall Street Journal, após a reportagem, a Amazon removeu ou mudou a descrição de pelo menos metade dos produtos ilegais ou problemáticos.
A empresa disse ainda que usa sistemas de tecnologia para bloquear anúncios ilegais ou que não estejam em conformidade com suas regras. "Em 2018, nossos times bloquearam mais de 3 bilhões de anúncios suspeitos, antes mesmo que eles tenham chegado à loja", publicou a empresa em seu blog oficial, em resposta à reportagem do Wall Street Journal.
Não é a primeira vez, porém, que a Amazon tem problemas com seu serviço de parcerias: investigações anteriores levantaram que também havia produtos malfeitos, tóxicos ou com potencial de dano aos consumidores na plataforma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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