Ociosidade em julho aumenta na indústria de máquinas e equipamentos, diz Abimaq
"Houve um desmonte grande da capacidade instalada nos anos recentes", afirmou em coletiva de imprensa nesta terça-feira, 27, a economista Maria Cristina Zanella, gerente de Economia e Estatística da Abimaq, associação que congrega as empresas do setor. Ela estima que, de 2013 para cá, o parque industrial foi reduzido em torno de 30%.
Nesse contexto de aumento de ociosidade, as perspectivas para o setor em 2019 estão menos positivas do que no início do ano. A previsão era de um crescimento de 5% e, segundo a economista, deve ficar entre 3% e 4% por conta de fatores internos, como a fraca retomada econômica no Brasil, e também externos.
Entre os detratores do crescimento, a crise econômica na Argentina é um dos principais. O país vizinho, que chegou a representar 15% das exportações das empresas brasileiras, hoje não chega a 6%.
Em 2017, os argentinos compraram cerca de US$ 1,4 bilhão em máquinas e equipamentos de fabricantes brasileiros. Em 2019, devem encerrar o ano importando menos da metade desse valor (US$ 600 milhões), segundo estimativas da associação. "A perspectiva não é boa por causa da crise econômica do país", diz a economista da Abimaq.
Em julho deste ano, pela primeira vez na série histórica, os Estados Unidos apareceram como principal destino internacional de máquinas e equipamentos nacionais, respondendo por cerca um terço das vendas ao exterior. No acumulado de janeiro a julho deste ano, a queda das exportações para o Mercosul foi de 39,8%. Para os Estados Unidos, houve aumento de 27,9%. Também houve recuo nas exportações do setor para a Europa no ano até julho (queda de 21,4%).
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