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Déficit primário em julho manteve trajetória de redução, diz BC

Fabrício de Castro e Eduardo Rodrigues

Brasília

30/08/2019 14h24

O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, afirmou nesta sexta-feira, 30, que o déficit primário de R$ 2,763 bilhões no setor público consolidado em julho manteve trajetória de redução, sendo o melhor desempenho para o mês desde 2013. Da mesma forma, o resultado deficitário de R$ 8,503 bilhões no acumulado do ano até julho foi o melhor desempenho do setor público consolidado para o período desde 2015.

Segundo Rocha, houve aumento no pagamento de juros no mês passado, devido à flutuação das operações com swaps cambais.

Ele destacou que a Dívida Líquida do Setor Público subiu de 55,2% do PIB para 55,8 do PIB no mês passado. "O movimento foi influenciado pela apreciação do câmbio em 1,8% no mês passado. Mas a trajetória de crescimento das dívidas líquida e bruta permanece devido aos sucessivos déficits fiscais", afirmou. A Dívida Bruta do Governo Geral aumentou de 78,7% do PIB para 79,0% do PIB em julho.

INSS

O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central destacou que o rombo de R$ 16,106 bilhões na Previdência em julho foi o pior da série histórica para o mês.

O mesmo acontece com os déficits do INSS acumulado de janeiro a junho de 2019 (R$ 111,108 bilhões) e no rombo previdenciário somado em 12 meses até o mês passado (R$ 200,681 bilhões).

Swap

O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central explicou ainda a alta de R$ 10,1 bilhões no pagamento de juros em julho em relação a junho teve "grande contribuição" das operações com swaps cambiais. O setor público consolidado teve gasto de R$ 27,5 bilhões com juros em julho, após esta despesa ter atingido R$ 17,396 bilhões em junho.

"Mas também tivemos quatro dias úteis a mais que em junho, e isso contribuiu para alta de gasto com juros no mês passado. De resto, a conta de juros tem tido uma trajetória mais estável", comentou Rocha.

No ano até julho, o gasto com juros somou US$ 208,612 bilhões, o que representa 5,08% do PIB. "Nos sete primeiros meses deste ano houve um ganho de R$ 9,9 bilhões com swaps, o que reduz a conta de juros", explicou Rocha.