Poupança tem captação líquida de R$ 1,316 bi em agosto
A saída líquida de recursos da poupança foi verificada em cinco dos oito primeiros meses de 2019: janeiro (R$ 11,232 bilhões), fevereiro (R$ 4,020 bilhões), abril (R$ 2,878 bilhões), maio (R$ 718,7 milhões) e julho (R$ 1,605 bilhão). Por outro lado, houve depósitos líquidos nos meses de março (R$ 1,853 bilhão), junho (R$ 2,498 bilhões) e, agora, agosto (R$ 1,316 bilhão). Neste cenário, a retirada líquida de recursos em 2019 até agosto soma R$ 14,789 bilhões.
Esta predominância dos saques em relação aos depósitos ocorre em um ambiente de fraqueza da economia e alto desemprego. Com menos dinheiro para fechar as contas, muitas famílias voltaram a recorrer este ano aos recursos depositados na caderneta para fazer frente às despesas mensais. A situação tem semelhanças com o que ocorreu nos anos de 2015 e 2016, quando a recessão econômica provocou a saída líquida de cerca de R$ 95 bilhões da poupança. Em 2017 e 2018, houve certa reação, com a poupança recebendo depósitos líquidos de R$ 55 bilhões. Em 2019, os saques voltaram a se intensificar em alguns meses.
Em agosto, porém, os saques brutos somaram R$ 202,502 bilhões, sendo superados pelos depósitos brutos de R$ 203,818 bilhões. Considerando a entrada líquida de R$ 1,316 bilhão e o rendimento de R$ 3,008 bilhões visto no mês, o estoque total na caderneta de poupança passou a R$ 806,387 bilhões no fim de agosto.
Além da necessidade das famílias, a caderneta tem sido impactada pela baixa rentabilidade da aplicação em relação a outras disponíveis no mercado. Na prática, muitos investidores têm preferido alternativas mais rentáveis para aplicar.
Atualmente, a poupança é remunerada pela taxa referencial (TR), que está em zero, mais 70% da Selic (a taxa básica de juros da economia). A Selic, por sua vez, está em 6,00% ao ano, no menor patamar da história.
Esta regra de remuneração vale sempre que a Selic estiver abaixo dos 8,50% ao ano. Quando estiver acima disso, a poupança é atualizada pela TR mais uma taxa fixa de 0,5% ao mês (6,17% ao ano). Esta remuneração, mais elevada, deixou de valer em setembro de 2017, quando a Selic passou para abaixo do nível de 8,50%.
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