Passos da política monetária continuarão dependendo de riscos e projeções, diz BC
Fabrício de Castro e Eduardo Rodrigues
Brasília
24/09/2019 10h35
"Tendo em vista sua preferência por explicitar condicionalidades sobre a evolução da política monetária, o que melhor transmite a racionalidade econômica que guia suas decisões, o Copom julgou ser fundamental reiterar que a comunicação dessa avaliação não restringe sua próxima decisão e enfatizar que os próximos passos da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação", repetiu o documento.
A ata desta terça explica ainda que a taxa de juros estrutural é um ponto de referência para a condução da política monetária, mas considera que ela não é observável. Portanto, as estimativas dessa taxa são continuamente reavaliadas pelo BC.
O Copom detalha que, quando a política monetária produz uma taxa de juros real (ex-ante) aquém da taxa estrutural, ela provê estímulos para a atividade econômica e contribui para um aumento da inflação. Por isso, em cada reunião o colegiado avalia se a Selic estará em nível adequado, considerando os fatores que influenciam não só projeções de inflação, como também o balanço de riscos e a evolução da atividade econômica.
"Cabe destacar que a provisão de estímulo monetário requer ambiente com expectativas de inflação ancoradas", enfatizou o colegiado.
Reformas
O documento repete que a continuidade do processo de reformas na economia brasileira são essenciais para a queda da taxa de juros estrutural, para o funcionamento pleno da política monetária e para a recuperação sustentável da economia. "Em particular, o Comitê julga que avanços concretos nessa agenda são fundamentais para consolidação do cenário benigno para a inflação prospectiva", reforça a ata.