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16ª Rodada deve gerar R$ 100 bi de royalties e participação ao longo de contratos

Fernanda Nunes e Denise Luna

Rio

10/10/2019 13h13

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) projeta arrecadação de R$ 100 bilhões em royalties e participações governamentais ao longo dos contratos de concessão da 16ª Rodada de Licitações, que têm duração de 27 anos.

Esse dinheiro deve ser arrecadado a partir da produção de três a quatro plataformas, no mesmo número de campos, que juntas devem extrair de 400 mil barris por dia (bpd) a 500 mil bpd.

O diretor-geral da ANP, Décio Oddone, afirmou que a participação de grandes empresas no leilão de hoje não deve prejudicar o apetite para as licitações de áreas de partilha, no pré-sal, que vão acontecer nos dias 6 e 7 de novembro, incluindo o megaleilão de excedentes da cessão onerosa.

O argumento é que a carteira de projetos das grandes petroleiras começará a decair daqui a uma década. Por isso, essas companhias precisam recompor seus portfólios a partir de agora, já que os projetos na área de petróleo são de longo prazo.

O início da produção acontece num período de cinco a sete anos após a assinatura dos contratos de concessão e ganham relevância em uma década.

"Nossa expectativa é que as empresas de grande porte entrem sim nos leilões de partilha (no pré-sal). Imagino que vai haver 'majors' aproveitando a oportunidade para repor reservas", afirmou.

As empresas privadas brasileiras não participaram da 16ª Rodada por não terem capacidade técnica e financeira compatível com a licitação.

Entre as nacionais, apenas a Petrobras apresentou oferta, mas só levou um bloco, na Bacia de Campos, em sociedade com a BP Energy.