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Volume de ofertas em renda fixa e variável soma R$ 335 bi até setembro

Fernanda Guimarães

São Paulo

10/10/2019 15h19

A captação das companhias brasileiras, somando o mercado de renda fixa e de renda variável até setembro, somou R$ 335,1 bilhões, já ultrapassando o total registrado em todo o ano passado, que foi de R$ 299,6 bilhões, conforme dados divulgados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Desse volume, R$ 57,6 bilhões foram de emissão de ações, R$ 211,3 bilhões de renda fixa e híbridos e outros R$ 66,2 bilhões no mercado externo.

O destaque, segundo a associação, foram as emissões de renda variável, que marcaram o terceiro maior volume desde o início da série histórica pela entidade, em 2002. No entanto, considerando as ofertas até o fim do ano, o potencial é de que o volume seja recorde neste ano. Em 2007, o volume foi de R$ 75,5 bilhões e em 2010 de R$ 70,4 bilhões, diz a Anbima. O número de 2010 exclui a fatia no âmbito da oferta prioritária do follow on da Petrobras naquele ano, que sozinho somou R$ 120 bilhões.

Este mês ainda será bastante aquecido para as ofertas de ações. Nesta quinta-feira foi a estreia da rede de joalherias Vivara na B3. E, na última semana do mês, haverá os IPOs de C&A e banco BMG. Entre os follow ons, nesta quinta haverá a precificação da construtora Helbor. Na semana que vem, é a vez do Banco do Brasil (BB), que será a maior oferta de ações no mês, com a venda pela Caixa Econômica Federal. No calendário, ainda, a oferta da CCP.

Os investidores estrangeiros ficaram com uma fatia de 44,6% das ofertas de ações no Brasil entre os meses de janeiro e setembro, segundo a Anbima. No mesmo período do ano passado, essa fatia foi de 63,7%, destaca a entidade.

Nos nove primeiros meses do ano as ofertas de ações movimentaram R$ 57,6 bilhões, com 24 ofertas. Desse total foram 22 ofertas subsequentes (follow ons) e duas ofertas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês).

Nesse período os fundos de investimento locais ficaram com 42,8%, aumentando fortemente a participação vista no mesmo intervalo de 2018, quando foi de 26,6%. Diante da baixa taxas de juros, os fundos têm recebido forte entrada de recursos dos investidores, que estão migrando seus investimentos em busca de maior rentabilidade.

Ainda no acumulado do ano até setembro as pessoas físicas ficaram com 5,8%.