Serviços operam 12,1% abaixo pico em novembro de 2014, diz IBGE
Daniela Amorim
Rio
11/10/2019 10h42
"O setor de serviços mostram dificuldade de se distanciar desse patamar de 12%, fica trocando taxas negativas e positivas nos últimos meses", resumiu Rodrigo Lobo, gerente da Pesquisa Mensal de Serviços no IBGE.
Lobo lembra que o segmento de serviços ficou positivo em apenas três dos oito meses de 2019, recuando em cinco deles. O setor opera 1,5% abaixo do patamar de dezembro de 2018.
As maiores pressões negativas são das atividades de transportes - especialmente de cargas - e de serviços prestados às famílias, disse Lobo.
"A redução do desemprego acontece com aumento da ocupação informal. Isso se reflete numa massa de rendimento estável. As famílias não têm renda suficiente para reverter em bens de consumo duráveis e serviços não essenciais. Essa renda adicional (do trabalho) é mais direcionada para alimentação e transportes, que é o que pesa mais na cesta de consumo das famílias brasileiras", complementou Lobo.
Segundo o pesquisador, a parte de tecnologia de informação vem com bom desempenho no ano, mas serviços mais dependentes de um dinamismo maior da economia, como os serviços profissionais e complementares, ainda mostram dificuldades na recuperação.