Indústria paulista fecha 1 mil postos de trabalho em setembro, mostra Fiesp
Na avaliação da Fiesp, o resultado para o mês somente não foi pior por causa das exportações de carnes para a China, impulsionadas pela peste suína no país asiático. Contudo, o setor automotivo continua apresentando perdas substanciais nas suas exportações, em especial por causa da crise na Argentina.
No acumulado do ano, o saldo do trabalho formal nas indústrias é negativo em 9 mil postos de trabalho. "Devemos encerrar o ano com saldo muito próximo ao fechamento de 2018, com crescimento zero", afirma o 2º vice-presidente da Fiesp e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), José Ricardo Roriz, em comunicado.
Entre os 22 setores que participam da pesquisa, 10 contrataram mais do que demitiram, oito fecharam postos de trabalho e quatro ficaram estáveis. Os principais positivos foram produtos alimentícios (1.580); produtos diversos (536); e produtos de borracha e material plástico (252).
Já os destaques negativos ficaram com veículos automotores, reboques e carroceria (-1.427), couro e calçados (-952) e informática, produtos eletrônicos e ópticos (-608).
Regiões
Por grande região, a variação em setembro recuou na Grande São Paulo (inclusive ABCD) (-0,09%), no ABCD (-0,75%) e ficou praticamente estável no Interior (-0,01%). Entre as 37 regiões monitoradas pela Fiesp, 25 registraram demissões, uma ficou estável e apenas 11 contrataram.
Os destaques positivos foram Araçatuba (4,84%), com geração de 2,4 mil vagas, puxada pelo desempenho de produtos alimentícios (6,17%); e Limeira (1,25%), com a criação de 450 postos de trabalho nas áreas de produtos químicos (1,47%) e produtos de papel e celulose (0,55%).
Por outro lado, o principal destaque negativo foi a região de Jaú (-6,90%), que fechou 1.650 vagas na esteira da queda do emprego nos setores de couro e calçados (-31,01%) e produtos alimentícios (-0,82%).
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