Maia: há chance de fazer reforma administrativa tão grande quanto da Previdência
Segundo ele, haverá uma reunião na semana que vem com a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Carmen Lúcia para que os dois Poderes tentem colocar pontos que gerem mais conflitos jurídicos no futuro e que acabam sobrecarregando a Justiça.
Maia também disse que a maioria dos deputados sabe que o orçamento atual não atende aos desejos da sociedade e que a política é que "paga a conta". Um dos pontos, segundo ele, é que a estabilidade no serviço público não pode ser algo que tenha validade infinita após uma pessoa fazer concurso público. Ele também citou que os salários são muito altos no setor público. Não há estímulo para que se chegue ao topo da carreira, e isso ocorre nos três Poderes", comparou.
Para o presidente da Câmara, também é preciso acabar com estruturas verticais criadas no serviço público que impeçam o servidor de transitar para outras áreas. "Além disso, o governo é obrigado a carregar o servidor por 60 anos: o que ele trabalhou mais a aposentadoria."
Sobre a composição do Orçamento, Maia defendeu que é preciso ter flexibilidade, pois demandas variam. "Ora é educação, ora é saúde", citou. Ele comentou ainda que os professores também precisam ter mudanças de carreiras. O presidente da Câmara disse que este é um dos setores de maior lobby no Congresso atualmente e que muitos profissionais preferem se aposentar mais cedo do que ter salários maiores durante a carreira.
Maia tem reuniões com parlamentares britânicos ao longo do dia.
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