B3 vira vitrine da C&A em cerimônia de oferta inicial de ações
Fernanda Guimarães
São Paulo
28/10/2019 10h37
A cerimônia será transmitida para funcionários da C&A na Holanda, que no mundo sempre foi conhecida pela sua discrição, em especial em relação aos seus números financeiros. Aqui no País, contudo, essa dinâmica foi quebrada na operação, em que a empresa teve que abrir seus dados para a oferta.
Do volume da oferta, 70% ficou com investidores brasileiros, com os fundos bastante capitalizados diante do cenário de juros baixos.
Da oferta primária foram vendidas 49,3 milhões de ações, o correspondente a R$ 813,698 milhões. Uma outra tranche do mesmo tamanho foi vendida na oferta secundária, a qual funcionou para a venda parcial de ações detidas pela Cofra Holding, da família fundadora Brenninkmeijer.
Com a demanda, os coordenadores da oferta colocaram o lote adicional, que foi 100% secundário, por isso o tamanho da oferta primária e secundária foram, no final, iguais.
Da oferta primária, que colocará dinheiro nos cofres da companhia, 90% dos recursos captados serão utilizados para o pré-pagamento de empréstimos entre empresas do mesmo grupo. No mercado essa transação foi chamada de "oferta secundária disfarçada". Apenas 10% dos recursos que irão ao caixa serão destinados para o crescimento orgânico.
Foram coordenadores da oferta da C&A Morgan Stanley (líder), Bradesco, BTG Pactual, Citi, Santander e XP Investimentos.