Não entrar no leilão foi decisão de negócio, diz presidente da Shell
O presidente da Shell Brasil, André Araujo, disse que não fazer ofertas na rodada de licitações do excedente da cessão onerosa, nesta quarta-feira, 6, foi uma decisão de negócio tomada com base na estratégia de disciplina de capital do grupo. O executivo afirmou que os blocos ofertados "não passaram no corte" da Shell por se tratar de "ofertas caras".
"Temos uma posição bastante positiva com os blocos já adquiridos e os blocos de hoje não passaram no nosso corte de aprovação. O grupo Shell vem adotando em 2019 uma postura de disciplina de investimento muito grande e essa nossa decisão foi tomada depois de um processo bem desafiante interno de (análise) todas essas propostas", disse Araujo, ao fim da rodada.
Coube à Petrobras, com a ajuda das chinesas CNOOC e CNODC, salvar o megaleilão de pré-sal promovido pelo governo nesta quarta-feira.
Ao todo, a estatal e sócias pagaram 66% dos R$ 106 bilhões de bônus de assinatura cobrados dos vencedores - R$ 69,96 bilhões. Duas das quatro áreas ficaram sem oferta e não foi oferecido ágio pelas outras duas que foram vendidas.
Apesar da falta de competição, Araujo afirmou ter considerado o leilão do excedente da cessão onerosa um sucesso.
Ele não descartou a participação da Shell no leilão de outras áreas do pré-sal marcado para a quinta-feira, 7. "Amanhã é amanhã. São novos blocos, novas áreas e nova avaliação", disse.
A decisão de não participar do megaleilão desta quarta-feira foi tomada em 23 de outubro pela Shell. "Tomamos uma decisão de negócio olhando todas as perspectivas de investimento do grupo e outros projetos em andamento", frisou.
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