Copagaz e Itaúsa oferecem R$ 3,7 bi pela Liquigás
A Copagaz será a controladora da companhia - Itaúsa terá uma participação minoritária relevante, seguida pela Nacional Gás, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto.
A Petrobrás deverá anunciar o consórcio vencedor nos próximos dias. Fontes ligadas à estatal afirmam que a petroleira teria recebido outras ofertas - o fundo Mubadala, de Abu Dabi, com mais empresas regionais, foi apontado como outro grupo interessado pelo negócio.
Não é a primeira vez que a estatal coloca a Liquigás à venda. Em 2016, o Grupo Ultra, dono da rede Ipiranga e da Ultragaz, anunciou a compra da companhia por R$ 2,8 bilhões, mas o negócio foi barrado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O órgão antitruste alegou concentração de mercado.
No início deste ano, a Petrobrás contratou o banco Santander para conduzir novamente as negociações, como parte de seu plano de desinvestimento.
Blindagem
Para evitar problemas com o Cade, a Copagaz, que tem cerca de 10% de participação no mercado, se uniu ao Grupo Itaúsa, que tem entre seus investimentos a Alpargatas (dona da Havaianas) e é acionista do gasoduto NTS, que também pertencia à Petrobrás, para fazer proposta pelo negócio. A Nacional Gás também será acionista minoritária.
O Estado de S. Paulo apurou que uma nova empresa será criada para estruturar dívidas e capital. Fundada em 1955 pelo empresário Ueze Zahran, morto no ano passado, a Copagaz disputa o mercado de gás de cozinha com outras três grandes empresas do setor. A líder no setor, a Ultragaz, tentou se isolar na primeira colocação com a compra da Liquigás, vice-líder do setor. A Supergasbrás, do grupo holandês SHV, é a terceira maior do setor.
Ao se unir a um grupo como o Itaúsa, a Copagaz, que também controla empresas de mídia, ganha musculatura para expandir sua atuação no setor. A holding do Itaú Unibanco tem olhado o mercado de gás natural: fez parte do consórcio, como acionista minoritário na compra do gasoduto NTS, junto com a gestora canadense Brookfield, e chegou a fazer oferta pelo gasoduto TAG, que foi comprado pela francesa Engie por US$ 8,6 bilhões.
Procurados pela reportagem, Petrobrás e Copagaz não quiseram se pronunciar sobre o assunto. Itaúsa não retornou os pedidos de entrevista. Nenhum porta-voz da Nacional Gás foi encontrado para falar sobre o tema até a conclusão desta edição.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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