Coeuré, do BCE, diz mudança climática afetará condução da política monetária
"Os bancos centrais não podem estar na linha de frente do combate às mudanças climáticas. Isso é e deve permanecer uma tarefa política. Mas os bancos centrais podem ajudar dentro de seus mandatos", acrescentou. Para o membro do Conselho do BCE, as autoridades monetárias estão "ficando para trás" nessa temática e apenas recentemente começaram a incorporar os efeitos climáticos em seus modelos macroeconômicos.
"Os bancos centrais enfrentarão esses problemas de identificação com mais frequência no futuro. E eles precisarão pensar em como incorporar considerações verdes e sustentáveis em seu comportamento", disse Coeuré.
O economista francês também declarou que as taxas de juros negativas têm "implicitamente contribuído para encurtar a tragédia no horizonte". "Ou seja, taxas mais baixas aumentaram o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros com maior probabilidade de serem afetados pelas mudanças climáticas", explicou.
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