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Juiz dos EUA nega fiança a ex-presidente da Braskem

José Carlos Grubisich, ex-presidente da Braskem, preso em Nova York - 29.out.2012 - Victor Moriyama/Folhapress
José Carlos Grubisich, ex-presidente da Braskem, preso em Nova York Imagem: 29.out.2012 - Victor Moriyama/Folhapress

Ricardo Leopoldo

Em Nova York

28/11/2019 07h07Atualizada em 11/12/2019 15h02

O juiz Steven M. Gold, da Corte Distrital Leste de Nova York, negou o pedido de liberdade ao executivo José Carlos Grubisich, ex-presidente da Braskem. Grubisich, que havia sido preso no último dia 20, ao chegar ao Aeroporto JFK para passar férias com a esposa, e ofereceu-se a pagar uma fiança de US$ 5 milhões para responder processo sobre corrupção e lavagem de dinheiro em liberdade.

O executivo é acusado pelo Departamento de Justiça (DoJ) americano de ter feito pagamentos ilegais, de 2002 a 2014, envolvendo de forma parcial a Odebrecht, e que faziam parte de um esquema de falsificação de documentos, liberação de dinheiro para subornos e lavagem de dinheiro.

"Com base no patrimônio do senhor Grubisich, próximo a US$ 65 milhões, a quantia oferecida na fiança é inadequada e precisa ser elevada", destacou o juiz Gold. "Não consigo imaginar o que são US$ 65 milhões em bens." O magistrado também ponderou que, caso seja oferecido um valor maior para a fiança, o documento precisará ser garantido por pessoas residentes nos EUA.

A defesa de Grubisich, representada pelo advogado Edward Kim, conversará com a família do ex-executivo da Braskem para tratar do novo valor da fiança, e não há data quando apresentará a nova proposta à corte. O ex-presidente da Braskem continuará preso enquanto sua nova proposta de liberdade em fiança não for julgada.

No tribunal, Kim apontou que Grubisich merecia a liberdade em fiança, pois não apresentava risco de fugir dos EUA. "Ele fez 11 viagens a este país e tem vínculos profissionais e familiares", apontou. Por outro lado, a advogada do governo americano, Julia Nestor, apontou que o executivo não merecia a liberdade sob fiança, pois é uma pessoa "com elevados recursos e as conexões com o Brasil são muito grandes, país que não tem tratado de extradição com os Estados Unidos".

A esposa de Grubisich, Kátia, estava presente ao tribunal, mas não foi permitida a comunicação verbal entre os dois. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que informou o primeiro parágrafo da matéria, a fiança oferecida por José Carlos Grubisich foi de US$ 5 milhões, e não US$ 5 bilhões. A informação foi corrigida.