Embraer demite cem funcionários, diz sindicato
De acordo com o sindicato, apenas em dezembro, houve 300 desligamentos.
Funcionários da empresa ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo afirmam que nem todos que foram desligados tiveram oferta para se mudar para Gavião Peixoto, onde hoje está instalada a unidade de defesa da Embraer.
A área de aviação executiva, que está dividida entre plantas nos Estados Unidos e em São José dos Campos, terá suas atividades brasileiras concentradas em Gavião Peixoto.
A maioria das demissões de quarta-feira foi justamente de empregados do braço executivo da Embraer. Um engenheiro disse ao jornal O Estado de S. Paulo que há preocupação com novas demissões, pois parte dos profissionais têm tido pouco trabalho nos últimos meses.
A Embraer está finalizando dois grandes projetos -- o do cargueiro militar C-390 Millennium (antigo KC-390) e o da família de aviões comerciais E2 --, que demandaram o trabalho de milhares de engenheiros. Hoje, segundo a companhia, são cerca de 5.000 engenheiros.
"A empresa nunca havia feito demissões como essa na véspera do recesso de fim de ano", disse um funcionário.
Na manhã desta quinta-feira, 19, o Sindicato dos Metalúrgicos organizou um protestos diante da fábrica de São José dos Campos, atrasando o início da produção em 40 minutos.
Em nota, a Embraer informou que os funcionários tinham sido avisados da transferência para Gavião Peixoto e que a maioria concordou com a mudança. A companhia afirmou ainda que foram contratadas 2.000 pessoas neste ano para formar a nova empresa que surgirá da parceria com a Boeing. A empresa, no entanto, não informou quantas demissões houve na quarta-feira, apenas negou os 500 desligamentos de dezembro.
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