Fernández dá passo atrás em pacote emergencial
Apesar de várias questões ainda não estarem fechadas, a expectativa é que o projeto seja aprovado ainda hoje na Câmara. A vice-presidente Cristina Kirchner, que preside o Senado, emitiu um decreto parlamentar convocando os senadores para uma sessão na sexta-feira, 19, na qual se deve debater o pacote de medidas que coloca o país em situação de emergência pública "econômica, financeira, fiscal, administrativa, previdenciária, tarifária, energética, sanitária e social".
Em apresentação na Câmara dos Deputados, o ministro do Trabalho, Claudio Moroni, confirmou na quarta-feira que o governo pretende estabelecer, por meio de decreto, um aumento de salário aos trabalhadores do setor privado - medida prevista no projeto de lei. O reajuste não deve ser universal, afirmou, e será concedido aos empregados que mais perderam seu poder aquisitivo nos últimos anos por causa da inflação. Entre 2016 e 2017, a inflação acumulada foi de quase 300%.
O pacote de medidas econômicas prevê, principalmente, aumento nos impostos, como tarifas sobre bens pessoais e alíquotas de 30% sobre compras feitas no exterior em dólares. Segundo cálculos da economista Melisa Sala, da consultoria LCG, sem alterações o programa apresentado por Fernández pode elevar a arrecadação em 2% do PIB.
A Argentina deve terminar este ano com um déficit fiscal de 0,5%. O aumento previsto na arrecadação, porém, não será suficiente para zerar o déficit, pois tarifas de serviços como energia e transporte estão congeladas pelos próximos seis meses, e governo deverá subsidiá-las. A situação fiscal do país - que foi descrita pelo ministro da Economia, Martín Guzmán, como sendo mais grave do que se imaginava - ainda dependerá, portanto, de decisões sobre o que será feito com os subsídios nos últimos seis meses do ano e com aposentadorias.
Mercado de trabalho
O Instituto Nacional de Estatística e Censos informou na quarta-feira que o desemprego na Argentina chegou a 9,7% no terceiro trimestre, alta de 0,7 ponto porcentual na comparação com o mesmo período de 2018, mas queda de 0,9 ponto ante o segundo trimestre.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.