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ONS prevê afluência maior em fevereiro no Sudeste, mas abaixo da média para mês

Luciana Collet

São Paulo

31/01/2020 17h27

Diante das chuvas observadas nos últimos dias no Sudeste e de uma previsão climatológica favorável para as precipitações em fevereiro, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) projeta afluência maior no subsistema Sudeste/Centro-Oeste em relação ao observado em janeiro, mas ainda abaixo que a média histórica, segundo o Programa Mensal de Operação (PMO), divulgado na tarde desta sexta-feira, 31, pela instituição.

O documento projeta Energia Natural Afluente (ENA), correspondente ao volume de energia que se pode produzir a partir da vazão que chega às hidrelétricas, de 61.763 MW médios, o que corresponde a 87% da média de longo termo (MLT) para o mês. O montante é superior aos cerca de 48 mil MW médios estimados para o mês de janeiro (73% da MLT para o mês). Vale salientar que a ENA de fevereiro é a maior do ano para o Sudeste e deve permitir uma melhora do nível dos reservatórios ao longo do mês.

A previsão do ONS é que o subsistema SE/CO, considerado a caixa d'água do País, encerre fevereiro com armazenamento em 34% da capacidade, 8,6 pontos porcentuais (p.p.) acima dos 25,4% anotados nesta sexta-feira (31).

Para o Nordeste, a afluência estimada é de 85% da MLT, um nível há tempos não visto para a região e propiciado pelas chuvas que atingiram a cabeceira da Bacia do Rio São Francisco, segundo indicaram agentes de mercado. Com isso, o armazenamento do subsistema deve chegar a 60,8%, 16,9 p.p. acima dos 43,9% observados nesta sexta.

No Norte, a ENA esperada é de 76% da média histórica, também permitindo uma significativa recuperação dos reservatórios, da ordem de 21,5 p.p., para um patamar de 43,7%.

Por outro lado, o Sul deve seguir sofrendo com um clima mais seco do que o historicamente observado, mas também com afluencias melhores do que as vistas em janeiro.

A ENA do subsistema foi projetada pelo ONS em 55% da MLT, acima dos 44% observados ao longo deste mês. Mesmo com chuvas abaixo da média histórica, o subsistema deve observar alguma recuperação de armazenamento, para 30,3%, acima dos atuais 24,1%.